segunda-feira, 7 de maio de 2012
- 07h49 Atualizado em segunda-feira, 7 de maio de 2012 - 07h53
CPI do Cachoeira cria bunker antivazamento
Espaço no Senado irá guardar documentos
das operações Vegas e Monte Carlo e terá vigilância 24 horas
Detalhes da sala-cofre que
protege dados da CPI Metro
Pela primeira vez em 59 anos de comissões parlamentares de inquérito, os
deputados e senadores vão ter regras para guardar segredos. A partir desta
segunda-feira, começa a funcionar a sala-cofre da CPI criada para investigar um
esquema de jogos ilegais. Será o local mais vigiado e cobiçado pelos
parlamentares.
“A prudência é para preservar o segredo de Justiça dos documentos e evitar que toda a apuração seja invalidada por causa de vazamento de informação”, diz o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB/PB).
No subsolo, sob vigilância 24 horas, está a documentação das operações Vegas e Monte Carlo, deflagradas pela PF (Polícia Federal) e que jogaram luzes sobre o esquema comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, que segue preso em Brasília.
São 15 mil páginas de investigação, em 40 volumes, que vão poder ser apenas consultadas. Um privilégio garantido somente aos 32 deputados e senadores da comissão. “É uma decisão que compromete o trabalho parlamentar, porque os assessores também precisam ter acesso à documentação para ajudar nas análises”, protesta o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias.
Um grupo de parlamentares estuda levar à votação sugestões para facilitar uma avaliação mais detalhada dos dados.
A proposta é que o controle, considerado rigoroso, dê lugar a uma senha que deixe registrada o responsável pelo acesso. Caso contrário, alguns deputados e senadores ameaçam recorrer à Justiça.
Os parlamentares recebem nesta semana uma cartilha com orientações para manusear as informações liberadas pela PF.
A divulgação de documento sigiloso é crime com pena prevista no Código Penal. O artigo 153 prevê prisão entre seis meses e um ano, mais multa. “Em CPIs, o vazamento é uma cultura. Vamos ter agora papéis escritos de próprio punho”, diz o cientista político David Fleischer.
Do Metro RJ noticias@band.com.br
“A prudência é para preservar o segredo de Justiça dos documentos e evitar que toda a apuração seja invalidada por causa de vazamento de informação”, diz o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB/PB).
No subsolo, sob vigilância 24 horas, está a documentação das operações Vegas e Monte Carlo, deflagradas pela PF (Polícia Federal) e que jogaram luzes sobre o esquema comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, que segue preso em Brasília.
São 15 mil páginas de investigação, em 40 volumes, que vão poder ser apenas consultadas. Um privilégio garantido somente aos 32 deputados e senadores da comissão. “É uma decisão que compromete o trabalho parlamentar, porque os assessores também precisam ter acesso à documentação para ajudar nas análises”, protesta o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias.
Um grupo de parlamentares estuda levar à votação sugestões para facilitar uma avaliação mais detalhada dos dados.
A proposta é que o controle, considerado rigoroso, dê lugar a uma senha que deixe registrada o responsável pelo acesso. Caso contrário, alguns deputados e senadores ameaçam recorrer à Justiça.
Os parlamentares recebem nesta semana uma cartilha com orientações para manusear as informações liberadas pela PF.
A divulgação de documento sigiloso é crime com pena prevista no Código Penal. O artigo 153 prevê prisão entre seis meses e um ano, mais multa. “Em CPIs, o vazamento é uma cultura. Vamos ter agora papéis escritos de próprio punho”, diz o cientista político David Fleischer.
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