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Filipe Araujo/AE
"Cerca de 100 pessoas participaram da passeata em
Alto de Pinheiros"
Cerca de 100 manifestantes fizeram um protesto em São Paulo
neste sábado, 7, pela punição do médico legista Harry Shibata, acusado de ter
forjado atestados de óbito para acobertar torturas e assassinatos no período da
ditadura militar. O grupo pintou a palavra 'assassino' no muro da casa em que
ele supostamente vive, em Alto de Pinheiros, e distribuiu panfletos aos vizinhos
indicando o endereço do imóvel.
Os manifestantes fizeram uma passeata pela região neste sábado,
dedicado ao dia do médico legista, na região e colaram cartazes em que acusam
Shibata de acobertar os crimes. Ele é apontado como o responsável por atestar o
suicídio do jornalista Vladimir Herzog, que morreu em outubro de 1975 no
DOI-Codi.
O grupo pede a apuração dos crimes da ditadura pela Comissão da
Verdade e a punição de torturadores. Os manifestantes afirmavam ainda que
pretendem 'alertar' os vizinhos de Shibata sobre seu envolvimento com os crimes.
'A grande chave da impunidade é que esses criminosos se passam por bons cidadãos
sem que ninguém saiba o que fizeram', disse o produtor N.B., um dos
organizadores do protesto. Não houve conflitos e a polícia não foi chamada.
Shibata não se manifestou.
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