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BRASÍLIA - Primeira a discursar no plenário na tarde desta
segunda-feira, 2, a senadora Ana Amélia (PP-RS) cobrou que a Casa tenha uma
atitude 'implacável' ao julgar o futuro do ex-líder do Democratas Demóstenes
Torres (GO). O parlamentar foi flagrado em grampos telefônicos defendendo
interesses do empresário do ramo dos jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o
Carlinhos Cachoeira. Na semana passada, o PSOL pediu a abertura de processo de
quebra de decoro contra Demóstenes.
'Nós temos que ser implacáveis', disse ela, para quem a Casa
não deveria esperar até a próxima semana para apreciar a representação do PSOL.
A Casa só deve decidir o futuro de Demóstenes, caso ele não renuncie ao mandato,
na semana que vem, quando o Conselho de Ética vai se reunir para eleger um novo
presidente. 'O Senado deve dar o exemplo para toda a sociedade. Não podemos
admitir que o povo brasileiro considere que erros praticados por membros do
Legislativo sejam imputados à instituição', disse Ana Amélia.
Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Roberto Requião
(PMDB-PR), que se disseram surpresos com as acusações que envolvem Demóstenes,
também querem explicações do parlamentar. 'É uma situação difícil para nós. A
nossa responsabilidade nos manda cobrar, mesmo com o sentimento que vossa
Excelência diz, de tristeza', afirmou Suplicy, em aparte ao discurso de Ana
Amélia.
A senadora do PP elogiou a postura do Democratas de exigir
explicações de Demóstenes ainda nesta segunda, sob pena de ser alvo de um
processo de expulsão da legenda. Para ela, a Casa deveria fazer o mesmo. 'É uma
frustração grande demais, que acaba constrangendo o Senado como um todo',
afirmou.
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