O vereador João do Suco (PSDB) foi eleito o novo presidente da Câmara
Muncipal de Curitiba, com 25 votos, na tarde desta segunda-feira (19).
Paulo Salamuni (PV) recebeu 11 votos. Os vereadores Juliano Borghetti (PP) e
Caíque Ferrante (PRP) se abstiveram de votar. O vereador eleito assume o cargo
já nesta segunda-feira.
João do Suco foi cumprimentado por seus colegas e, na
sequência da votação, assinou o documento que o transfere o cargo. Na antesala
do plenário, alguns manifestantes insatisfeitos com o resultado gritaram
"laranja", alegando que o vereador eleito significa a continuidade da gestão de
João Cláudio Derosso.
Paulo Frote
Odilon Volkamann
Julieta Reis
Jorge Yamawaki
João do Suco
João Cláudio Derosso
Jair Cezar
Francisco Garcez
Felipe Braga Cortes
Emerson Prado
Dona Lourdes
Dirceu Moreira
Denilson Pires
Beto Moraes
Aldemir Manfron
Jairo Marcelino
Celso Torquato
Tico Kuzma
Sabino Picolo
Nely Almeida
Professor Galdino
Roberto Hinça
Serginho do Posto
Pastor Valdemir Soares
Zezinho do Sabará
Paulo Salamuni:
Julião Sobota
Jonny Stica
Algaci Tulio
Aladim Luciano
Noêmia Rocha
Paulo Salamuni
Pedro Paulo
Professora Josete
Renata Bueno
Tito Zeglin
Zé Maria
Abstenção:
Juliano Borghetti
Caíque Ferrante
Derosso
renunciou ao cargo em 12 de março, após quase quatro meses em
licença. Ele pediu afastamento, em novembro de 2011, depois das denúncias de
irregularidades em licitações envolvendo os contratos de publicidade da Casa.
- FOTOS: Veja imagens da sessão
- COMENTE: O que você acha do caso Derosso e das eleições na Câmara? Registre sua opnião
- LINHA DO TEMPO: Relembre os principais fatos do caso Derosso
- ELEIÇÃO: Confira como foi a sessão
O mandato tampão do próximo presidente terá 11 meses de duração (até fevereiro de 2013). A eleição desta tarde teve sete pré-candidatos: além de João do Suco, demonstraram intenção de concorrer os vereadores Juliano Borghetti (PP), Dirceu Moreira (PSL), Caíque Ferrante (PRP), Paulo Salamuni (PV), Professor Galdino (PSDB), e Sabino Picolo (DEM).
Promessas
Após 15 anos de comando de João Cláudio Derosso (PSDB), há consenso entre os candidatos à presidência de que a transparência é o caminho ideal para recuperar a imagem da Casa.
Algumas promessas feitas pelos candidatos foram a demissão de comissionados, seguindo a determinação do Ministério Público; a adequação à Lei da Transparência (que prevê a publicação dos atos administrativos, despesas e funcionários); a divulgação correta de dados no Diário Oficial; a manutenção da atual chamada (que obriga os vereadores a estarem presentes no início e fim das sessões); e, por fim, a realização de uma auditoria para avaliar o período em que Derosso esteve na presidência.
Transparência não tem volta
Independentemente de quem seja eleito presidente da Câmara, o processo de transparência é um caminho sem volta, na avaliação de Fabrício Tomio, cientista político e professor da UFPR. “As instituições de controle, como o Ministério Público, estão funcionando. Também há a opinião pública, formada por imprensa e eleitores, exigindo o cumprimento das leis.”
De acordo com ele, o conjunto de acusações ao ex-presidente João Claudio Derosso torna esse rumo ainda mais evidente. “Todas as denúncias que levaram o antigo presidente à renúncia tiveram impacto positivo para que, em um futuro próximo, a Câmara se adapte às exigências legais e dos cidadãos.”
Para Luciana Veiga, também da UFPR, a troca de presidente pode favorecer a relação entre partidos. “Embora se saiba que isso é difícil de acontecer, o presidente deve receber as demandas dos líderes de bancada, favorecendo o diálogo”, diz.
Denúncias contra Derosso
Em julho do ano passado, a Gazeta do Povo publicou uma matéria mostrando que a Oficina da Notícia, empresa de sua esposa, Cláudia Queiroz Guedes, recebeu R$ 5,1 milhões da Câmara após vencer uma licitação para publicidade da Casa.
No mesmo mês, a Gazeta do Povo mostrou que a Câmara contratou quatro funcionários da Assembleia Legislativa do Paraná, num caso de duplo emprego público, o que é proibido. Entre os contratados estava João Leal de Mattos acusado pelo Ministério Público do Paraná de ser um dos operadores do esquema de desvio de dinheiro da Assembleia denunciado pela série de reportagens Diários Secretos, da Gazeta do Povo e da RPC TV.
Após o recesso do meio do ano, o presidente se manteve afastado da Câmara. No dia 2 de agosto, retornou e fez um discurso dizendo ser vítima de uma “inquisição”. Em 21 de novembro, Derosso pediu afastamento da presidência da Câmara por 90 dias.
Derosso está no seu sexto mandato como vereador. O primeiro foi em 1988 e ele foi reeleito em 1992, 1996, 2000, 2004 e 2008. Segundo o site da Câmara dos Vereadores, Derosso foi primeiro-secretário da Casa em 1991 e 1992 e assumiu dez vezes o comando da prefeitura de Curitiba.
Confira o voto de cada vereador:
João do Suco:Paulo Frote
Odilon Volkamann
Julieta Reis
Jorge Yamawaki
João do Suco
João Cláudio Derosso
Jair Cezar
Francisco Garcez
Felipe Braga Cortes
Emerson Prado
Dona Lourdes
Dirceu Moreira
Denilson Pires
Beto Moraes
Aldemir Manfron
Jairo Marcelino
Celso Torquato
Tico Kuzma
Sabino Picolo
Nely Almeida
Professor Galdino
Roberto Hinça
Serginho do Posto
Pastor Valdemir Soares
Zezinho do Sabará
Paulo Salamuni:
Julião Sobota
Jonny Stica
Algaci Tulio
Aladim Luciano
Noêmia Rocha
Paulo Salamuni
Pedro Paulo
Professora Josete
Renata Bueno
Tito Zeglin
Zé Maria
Abstenção:
Juliano Borghetti
Caíque Ferrante
- FOTOS: Veja imagens da sessão
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- LINHA DO TEMPO: Relembre os principais fatos do caso Derosso
- ELEIÇÃO: Confira como foi a sessão
O mandato tampão do próximo presidente terá 11 meses de duração (até fevereiro de 2013). A eleição desta tarde teve sete pré-candidatos: além de João do Suco, demonstraram intenção de concorrer os vereadores Juliano Borghetti (PP), Dirceu Moreira (PSL), Caíque Ferrante (PRP), Paulo Salamuni (PV), Professor Galdino (PSDB), e Sabino Picolo (DEM).
Promessas
Após 15 anos de comando de João Cláudio Derosso (PSDB), há consenso entre os candidatos à presidência de que a transparência é o caminho ideal para recuperar a imagem da Casa.
Algumas promessas feitas pelos candidatos foram a demissão de comissionados, seguindo a determinação do Ministério Público; a adequação à Lei da Transparência (que prevê a publicação dos atos administrativos, despesas e funcionários); a divulgação correta de dados no Diário Oficial; a manutenção da atual chamada (que obriga os vereadores a estarem presentes no início e fim das sessões); e, por fim, a realização de uma auditoria para avaliar o período em que Derosso esteve na presidência.
Transparência não tem volta
Independentemente de quem seja eleito presidente da Câmara, o processo de transparência é um caminho sem volta, na avaliação de Fabrício Tomio, cientista político e professor da UFPR. “As instituições de controle, como o Ministério Público, estão funcionando. Também há a opinião pública, formada por imprensa e eleitores, exigindo o cumprimento das leis.”
De acordo com ele, o conjunto de acusações ao ex-presidente João Claudio Derosso torna esse rumo ainda mais evidente. “Todas as denúncias que levaram o antigo presidente à renúncia tiveram impacto positivo para que, em um futuro próximo, a Câmara se adapte às exigências legais e dos cidadãos.”
Para Luciana Veiga, também da UFPR, a troca de presidente pode favorecer a relação entre partidos. “Embora se saiba que isso é difícil de acontecer, o presidente deve receber as demandas dos líderes de bancada, favorecendo o diálogo”, diz.
Denúncias contra Derosso
Em julho do ano passado, a Gazeta do Povo publicou uma matéria mostrando que a Oficina da Notícia, empresa de sua esposa, Cláudia Queiroz Guedes, recebeu R$ 5,1 milhões da Câmara após vencer uma licitação para publicidade da Casa.
No mesmo mês, a Gazeta do Povo mostrou que a Câmara contratou quatro funcionários da Assembleia Legislativa do Paraná, num caso de duplo emprego público, o que é proibido. Entre os contratados estava João Leal de Mattos acusado pelo Ministério Público do Paraná de ser um dos operadores do esquema de desvio de dinheiro da Assembleia denunciado pela série de reportagens Diários Secretos, da Gazeta do Povo e da RPC TV.
Após o recesso do meio do ano, o presidente se manteve afastado da Câmara. No dia 2 de agosto, retornou e fez um discurso dizendo ser vítima de uma “inquisição”. Em 21 de novembro, Derosso pediu afastamento da presidência da Câmara por 90 dias.
Derosso está no seu sexto mandato como vereador. O primeiro foi em 1988 e ele foi reeleito em 1992, 1996, 2000, 2004 e 2008. Segundo o site da Câmara dos Vereadores, Derosso foi primeiro-secretário da Casa em 1991 e 1992 e assumiu dez vezes o comando da prefeitura de Curitiba.
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